quinta-feira, 4 de maio de 2023

Escritor Paes Loureiro concorre a dois prêmios pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA)


O poeta e escritor João de Jesus Paes Loureiro, que tem quatro obras publicadas pela Valer, foi indicado a duas categorias do prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). A instituição divulgou nesta quarta-feira (4 de maio de 2023) a lista tríplice com os nomes dos indicados ao prêmio, destinado aos artistas visuais, curadores, críticos, autores e instituições culturais que mais contribuíram para a cultura nacional em 2022.

A lista foi elaborada a partir das indicações que os/as associados/as enviaram para discussão e aprovação em reunião da diretoria.

Paes Loureiro recebeu a indicação ao Prêmio Cicillo Matazazzo: destinado a personalidade atuante no meio artístico, e concorre com Bené Fonteles e Adriano Pedrosa. E ao   Prêmio Destaques regionais: destinado aos destaques de cada região do país, sendo que consideramos as cinco regiões – Norte, Sul, Nordeste, Centro- Oeste e Sudeste. Paes disputa pela Região Norte, como Personalidade Atuante no meio artístico, com Mariza Mokarzel – Crítica de arte, pela trajetória.

Os prêmios serão atribuídos pelo resultado da votação de cerca de aproximadamente 165 associados/as em escala nacional, por votação em formulário online. Oportunamente os nomes dos vencedores serão anunciados.

O sistema de premiação foi criado em 1978, para destacar exclusivamente as artes visuais. A ABCA entrou para a história por sua presença significativa nos eventos artísticos desde a década de 1950.

Anualmente, o Prêmio ABCA contempla 13 categorias, incluindo ainda os destaques regionais, totalizando 18 prêmios. Para saber sobre as outras categorias, basta acessar o site da associação (https://abca.art.br/).

 

O poeta tem os seguintes livros publicados pela Valer:



CULTURA AMAZÔNICA – UMA POÉTICA DO IMAGINÁRIO

 

Um dos intelectuais mais importantes da Amazônia. Cultura amazônica: uma poética do imaginário é a obra teórica mais conhecida de Paes Loureiro e um texto referencial sobre a temática cultural na Amazônia. Segundo Octavio Ianni, a obra de João de Jesus Paes Loureiro pode ser vista como uma larga narrativa, uma vasta cartografia do que tem sido a Amazônia.




ANDURÁ - ONDE TUDO É E NÃO É

Andurá – onde tudo é e não é, segundo romance de João de Jesus Paes Loureiro. Por meio da literatura, Paes Loureiro constrói uma cidade do presente, habitada por qualquer um de nós e que se pode situar em qualquer lugar do planeta. Nela, tudo é e não é.








O REI E O JARDINEIRO

Os jardins, os perfumes e as cores são importantes para nos alegrar. O rei mau tentou acabar com as flores do País do Sol. Encarcerou o jardineiro. Os pássaros morreram, e, da terra onde eles caíram, nasceram rosas. Para nós fica a mensagem: não se pode impedir que uma lei que nos ultrapassa seja cumprida, e nem que a alegria seja apagada.






TRIÁDICO:POESIA EM PEQUENO FORMATOS

O terceto é a denominação tradicional de estrofe como parte constitutiva de um poema. Aqui João de Jesus Paes Loureiro trabalha o terceto como poema autônomo. Um terceto-poema, atribuindo-lhe a denominação de Triádico. Similar, mas não correspondente ou mimese, ao haikai, tanka ou trova. Poesia em pequeno formato. Conjunção do lírico com o conceitual. Impulso do poético lírico para o reflexivo. Ou, o inverso. Mantendo a imanência que é própria do poema decorrente de sua forma de linguagem, cujo significado dele nasce e a ele retorna, na intercorrência entre leitor e leitura, síntese do percurso produtor de significações na contemplação de uma obra de arte.

 




Biografia

João de Jesus Paes Loureiro é poeta, prosador e ensaísta. Professor de Estética e Arte, doutorou-se em Sociologia da Cultura na Sorbonne, em Paris, com a tese Cultura amazônica: uma poética do imaginário. Sua obra poética tem sua universalidade construída a partir de signos do mundo amazônico – cultura, história, imaginário – propiciando uma cosmovisão e particular leitura do mundo contemporâneo. Dialogando com as principais fontes e correntes literárias da atualidade, Paes Loureiro realiza uma obra original, quase uma suma poética de compreensão sensível do mundo por meio das fontes amazônicas, em que o mito se revela como metáfora do real.

Sua obra Altar em chamas, publicada pela Civilização Brasileira, obteve, em 1984, o prêmio nacional de poesia da APCA. Com o livro de poemas Romance das três flautas, edição bilíngue português/alemão, da Roswitha Kempf Editora, em 1987, foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti deste ano. Tem obras traduzidas na França, Alemanha, Itália, Japão e publicação, também, em Portugal. Suas obras mais recentes são: Pássaros da terra (teatro), 1999; Obras reunidas (4 volumes), 2000; Do coração e suas amarras (2001); Fragmento/Movimento, 2003 e Água da fonte, 2006, todos pela Escrituras Editora; e Au-delà du méandre de ce fleuve, 2002, Acte-Sud, França.

A parte ensaística da obra de Paes Loureiro está constituída pela preferência relativa aos temas e reflexões de caráter transversal, seja no âmbito da cultura, mas, também, da estética, semiótica, do imaginário, da poética. Seu ponto de partida, de um modo geral, é a realidade cultural da Amazônia. Porém, assim como sua poesia, o local é o ponto vélico da convergência de reflexões que impulsionam as velas de sua reflexão no rumo do universal. Sua leitura da Amazônia é considerada original e significativa para a compreensão desse mundo e do mundo em que vivemos.

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vida e Obra Thiago de Mello

Vídeo: Poeta Luiz Bacellar

Mais lidas